Eu ia publicar a história do Doidinho, mas deparei com esta daqui, e fiquei emocionado como quando a escrevi...
Preciso descansar como descansava..., dar mais tempo para a própria mente..., mas o que é um batente?, se não mais um detalhe a pular...
Banhos!?, eu os continuo tomando..., mas a mente ocupada, ou canta ou assobia...
As Histórias que ainda não escrevi...; quem sabe por onde elas andam?
As Histórias que ainda não escrevi
(Paulo Boblitz - mar/2007)
Todas as noites quando chego em casa, a hora do banho é a mais gostosa. Adoramos a água e nem nos damos conta.
Ali inicia o meu relaxar, o meu preparar para o recolher, bem dormir para bem acordar, mais um futuro a conquistar...
Ali inicia a minha série de bocejos, meus recados ou as mensagens que recebo, que mais um pouco será bom o deitar...
Teimo em ver as notícias, e o controle remoto não tem descanso: crime eu pulo fora; seqüestro e assalto eu descarto; bala perdida eu saio zinindo daquele canal; enchente só em São Paulo todos os dias, não sei por que ainda noticiam...
O fato é que o banho é de águas mornas, às vezes frias para um choque térmico, que abrem e fecham todos os poros, retiram a sujeira de dentro e de fora, pois que o sangue torna-se mais ágil...
Ficamos mais leves e perfumados, por isso mais amáveis, pois que até nós, nos mais amamos...
Os olhos pesam, o sono teima em se instalar, e antes que adormeçamos, precisamos orar... Começo então a pedir por todos os meus que ainda estão, e por todos aqueles que já se foram. Rezo o Pai Nosso e ele embola, ou os pedidos não chegam ao fim; é o sono que vem e que chega, diz para mim que quem manda é ele...
Deus não Acha ruim, nem também Seu Filho Jesus, pois meu sono é coisa Deles, vem a mim para eu poder sonhar...
Às vezes consigo a tudo pedir, nisso nunca o dinheiro, o Pai Nosso inteiro soar, e o sono?, nem sinal de aprontar...
Então lembro que não pedi algo, aproveito e peço logo, peço até para a "repactuação" não passar, perdoem-me todos, por eu nisso ver a vergonha.
De tanto pedir, às vezes eu mudo a rotina e acabo rezando pelos amigos, pelos inimigos, e aí peço a saúde, a iluminação, a sabedoria, a paz, e tantas outras coisas boas para a minha família, e para mim também, né meu Deus.!?, pois isso está subentendido...
Algumas histórias chegam nessas horas, e começo a escrevê-las na mente, só para no dia seguinte acordar esquecido... Às vezes eu levanto e vou para a mesa, perco o sono mas ganho alegria, ou perco o sono e não ganho nada, pois a história só tem bem o começo...
Nada eu jogo fora, e uma vez quase tudo perdi, pois onde guardava os rabiscos, veio um solvente e misturou todas as tintas, e com elas as idéias, uma história com todas as outras, um engodo de fazer outra história... Salvei pouca coisa que hoje bem guardo, perfurado encadernado, que um dia, o cupim haverá de comer...
As histórias esquecidas, um dia elas voltarão e eu prometo levantar, escrevê-las para o meu prazer, para bem a Deus honrar...
Os momentos existem, e cada um tem o seu dia, e como tomo banho em todos eles, relaxo para quem sabe, poder criar..., ou quem sabe, bem relembrar...
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