Não importando o verbo que utilizemos, quando seja construtivo, sempre estaremos pondo algo em movimento...
O bom amigo Wagner Paulino, que preferiria continuar anônimo, pesquisou e descobriu que a frase sobre laranjas e idéias, é de Confúcio, o grande Mestre chinês (551 a.C. - 479 a.C.).
Tiramos do anonimato, aquilo que sempre foi de Kung-Fu-Tze... (Confúcio)
Anonimato
(Paulo Boblitz - mar/2009)
Li noutro dia, num blogue que agora não lembro do nome, a seguinte mensagem:
"Quando você troca uma laranja com outra pessoa que tem também uma laranja, cada um fica com uma, mas se você tem uma idéia e a troca com outra que também tem uma idéia, cada um fica com duas."
A mensagem acima não se traduz em beleza literária, mas sim em certezas, essas coisas boas que semeamos e distribuímos com os semelhantes.
Ou ela é do blogueiro, ou ele se utilizou de um dos tantos autores anônimos por aí, semeando para que outros colham, principalmente o verbo. Gostaria de lembrar-me do nome do blogue para citá-lo, mas a memória não ajuda, principalmente depois de tanta produção.
Anônimos são todos aqueles que não se identificaram, ou todos aqueles que foram suprimidos, ou todos aqueles que o tempo esqueceu. Um nome só vale para o presente, um pouco para o passado, pois que até este se renova, produzindo mais anônimos, todos esses que já nos deixaram lições, assim mesmo, por semeaduras...
Anonimato bonito é quando realizamos algum bem, e de longe apenas observamos...
Quem de vocês já não experimentou tal sensação?, dar sem receber?, prestar sem nada querer de volta? Papai Noel vive fazendo disso...
O anonimato, porém, é muito mais perverso do que bom. É como se fôssemos anjos caídos, cujo DNA traz a construção, mas o viver, a desconstrução...
Tentemos juntar pessoas para uma boa causa, e poderemos ficar decepcionados; ao contrário, basta uma idéia para o mal, e logo uma turba se reúne...
Anonimato é como uma espécie de tocaia, onde a vítima não fica sabendo quem foi o seu algoz; nos escondemos quando queremos atraiçoar, ou lançar manchas no próximo, ou até mesmo criticar em tom de brincadeira, onde o ofendido ainda é taxado de não saber brincar...
Nos tornamos anônimos num grupo, onde todos se protegem...; nos tornamos anônimos quando não nos identificamos, e isso é covardia...
Jesus um dia falou que não precisávamos tomar cuidado com o que nos entrasse pela boca, mas sim com o que dela pudesse sair, pois o verbo pertence ao Verbo, e como tal, tem poder...
Anônimos semeamos a discórdia, o desamor, por ciúmes ou ignorâncias...
Fazemos coisas tão feias, que até nós nos envergonhamos, nos escondemos do nosso próprio grupo, de nossos semelhantes por teoria...
Esse é o pior dos anonimatos...
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