Catadoras de Mangaba

Pedalar no fim de semana,

emagrece a gordura,

engorda a alma,

no suor, o corpo depura...

E se você, com prazer,

descobre segredos,

aí sim, tudo é magia...


Catadoras de Mangaba
(Paulo R. Boblitz - 5/mai/2013)


Mangaba é "coisa boa de comer", em Tupi-Guarani.

Você quer saber tudo sobre mangaba?


Aí vão os endereços:


http://www.catadorasdemangaba.com.br/,


e para quem tem Facebook:


https://www.facebook.com/catadoras.demangaba?fref=ts.

Tem também a TV Mangaba:

http://www.youtube.com/user/catadorasdemangaba


Encontrei, além da mangaba, jaca em compota, licor de murici, aquela frutinha redonda e amarela, amarga que dá dó. Só não conheci as coisas do Cambuí, um frutinho vermelho.

A casa simples nos reservava compotas, geléias, biscoitos, balas, trufas, licores e até bolinhos, tudo com gosto e recheio de mangaba. A trufa tem um gosto exótico, digna de coisa fina importada que a gente compra nesses lugares chiques...

A geléia é algo divino, azedinha com muita personalidade, cremosa e verdosa, que nos faz comer o pão além da conta...

Tudo vem primorosamente embalado com esmero e carinho, papel celofane, papel alumínio, rótulos com datas de fabricação e de validade, enfim, produtos que não fariam feio em nenhuma loja bonita...

Dona Ana, mais conhecida pelo apelido de Dona Branca, verteu lágrimas quando, emocionada, nos contou sobre as dificuldades que todas elas vêm encontrando para coletar as mangabas, porque a especulação imobiliária está desenfreada. Assim, a cada dia, mais mangabeiras vão sendo derrubadas, tornando-se o pomar, cada vez mais distante...

Dona Branca, simpática, há muito que cata mangabas, mas, por que catar e não colher a fruta?

Mangaba boa é aquela que cai, daí o termo Catadoras, cada bolinha no chão significando uma postura difícil e cansativa a ser desenvolvida.

Fiz minhas compras, devia ter levado mais dinheiro, e recebi tudo dentro de uma sacolinha gostosa de papel grosso, alças de cordão rústico, escondendo minhas guloseimas, como aquele ditado que diz que as melhores fragrâncias, sempre estão em vidrinhos pequenos...

As visitas precisam ser agendadas, afinal é necessário se ter a garantia de que você não dará a viagem perdida, por falta dos produtos manufaturados por mãos tão delicadas e habilidosas, delas mesmas, das Catadoras, que aprenderam ainda meninas, com suas mães e avós, a arte e os segredos das coisas gostosas...


Assim, se você morar, ou estiver perto de algum desses pontos, ligue e vá até lá para descobrir o que você nem sonha que existe:


- Pontal/Indiaroba - (79) 9859-4614
- Riboleirinha/Estância - (79) 9958-4218
- Manoel Dias/Estância - (79) 9945-0409
- Dorcelina Folador/Itaporanga d'Ajuda - (79) 9953-6238
- Capuã/Barra dos Coqueiros - (79) 9821-2291
- São Sebastião/Pirambu - (79) 9832-1563
- Baixa Grande/Pirambu - (79) 9962-7824
- Porteiras/Japaratuba - (79) 9839-6596
- Carro Quebrado/Japoatã - (79) 9642-1119

Fomos nas Catadoras de Mangaba da Barra dos Coqueiros, onde o Aracaju Pedal Livre havia agendado uma saborosa visita. O passeio não foi longo, e se você quiser chegar até lá de carro, são apenas 15 km, com direito a uma bela vista de Aracaju, quando estiver passando pela ponte sobre o rio Sergipe.

O caminho é muito fácil: basta pegar a rodovia com destino a Pirambu, e quando encontrar a placa "Bar do Aristides", bem na esquina, aí será dobrar à direita, andar mais 400 metros, e pronto! Vocês estarão na comunidade que reúne algumas casas simples, e numa delas, os prêmios azedinho-adocidados, genuínos da terra, sem conservantes, sem corantes, repletos de sabor, muita energia e qualidade.

Semana que vem, vou lá de novo com a esposa do lado, não esquecendo de agendar...

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