Só para entendermos...

Existem caminhos e caminhos,

uns são mais difíceis que outros,

alguns não levam a nada,

outros, somente a aborrecimentos...

Por que não agimos como a água..?



Só para entendermos...
(Paulo R. Boblitz - fev/2012)

Perdemos amigos, e sabemos que amigos são perdidos...

Bicicletadas se reúnem e mais acirram os ânimos, afinal, o que todo mundo quer, é chegar em casa...

Aos 56 anos de idade, redescobri a bicicleta. Hoje tenho quase 60, e nunca mais a larguei.

Há 60 anos atrás, bicicleta era brinquedo; havia a hora de andar de bicicleta. No máximo, jovens iam e vinham das escolas.

Bicicletas andavam nas calçadas, pois resumiam-se ao universo do quarteirão.

Há 60 anos atrás, quando a bicicleta era apenas um brinquedo, as ruas e avenidas já existiam, porque o automóvel gradativamente havia substituído a carroça e a charrete.

Naquele tempo, as pessoas iam trabalhar de bonde, trem, mais tarde com os ônibus, e até os carros eram muito poucos, pois todos eram importados.

A necessidade mudou e se fez presente com as novas bicicletas, mais tecnologia se misturando com uma série de problemas que o homem passou a perceber. Agora a bicicleta era coisa séria, mas as ruas e avenidas não sofreram a mesma evolução, pelo contrário, tornaram-se mais espremidas...

Os ciclistas conquistaram e vêm conquistando espaços denominados "Ciclovias", que na maior parte das vezes, acabam não passando de gambiarras, ou seja, roubando espaços das ruas e avenidas, até mesmo de calçadas, pois que a ciclovia chega quando tudo já existe. Por isso encontramos veículos estacionados sobre as ciclofaixas, até mesmo pedestres praticando alguma coisa.

O conflito continua...

Por mais força que nosso movimento possa mobilizar, ruas, avenidas e calçadas, apenas sofrerão modificações, numa espécie de aperto para que todos caibam. O conflito continuará...

Talvez estejamos focados no objetivo errado. Talvez o nosso principal foco deva ser o motorista, fazê-lo descobrir o prazer da bicicleta, e assim ele sozinho descobrir que deve zelar e respeitar qualquer ciclista.

Brigar com os administradores das comunidades é importante, mas conquistar qualquer Condutor ao nosso prazer, é mais ainda, pois só quem pedala, é quem respeita quem está pedalando.

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