As Galinhas e as Abelhas

(Paulo Boblitz – mai/2007)


Teorias..., nem sempre são difíceis...

Faz poucos dias, li um artigo sobre o vôo das galinhas; faz algum tempo, li que galinhas são passarinhos pesados que não conseguem voar...

Está tudo errado, assim como essa discussão sobre quem veio primeiro, se o ovo ou a galinha...

O galináceo, para fazermos justiça ao galo, não surgiu do nada, assim puff!, e já saiu cacarejando naquela língua universal do cacarejar...

Ovo a gente não discute, a gente faz uma omelete, ou um belo mexido com arroz; galinha também não se discute; a gente come e, no máximo, discute se a faz ao molho pardo, ou num belo estrogonofe...

Mas tem a questão do puff!, de como ela surgiu...

Num belo dia, não sabemos se de noite ou dia, no mar aconteceu um raio daqueles que nos partem, e a bisavó da primeira ameba apareceu para nos legar milhares de espécies que hoje conhecemos, e que também não conhecemos, pois já se foram extintas pelos tantos raios que nos partem que já caíram – o mais famoso deles, acabou com os dinossauros...

Recentemente desenvolveram um projeto chamado Genoma, que veio nos dizer o que já sabíamos: que todos somos parentes, principalmente das amebas, e até convivemos numa franca harmonia, pois onde tem o bicho homem, tem barata, rato, cupim, e outros bichos mais, não esquecendo das amebas, que não esqueceram de legar uma linhagem específica somente delas, imbatível, chamada político...

Tem ameba para todo Partido, pois ameba é o que não falta para nos parasitar...

Não que um político vire ameba depois que se elege; na verdade, ele já tem no sangue aquela força amebiana que o induz a parasitar, assim como as tartarugas um dia voltam para desovar no mesmo lugar onde nasceram, não importando se já deram a volta ao mundo várias vezes...

Nesse meio tempo, para ganharmos tempo, várias espécies dissidentes foram se desenvolvendo, pois umas queriam ficar nadando, outras se arrastando, outras andando, mais algumas correndo, pulando, e assim por diante, pois que isso aqui não é uma aula de evolução – não estamos a tratar do puff!, e sim do ovo e da galinha...

Assim, as bisavós das galinhas, que não eram galinhas, já vinham botando ovo, quando a galinha, um bicho voraz e muito valente, inventora da dúzia muito antes dos Sumérios, quebrou o primeiro ovo e fez piu-piu. Daí em diante, foi só crescer e botar ovos, sentar em cima e chocá-los, coisa que fazem até hoje em dia...

Os que defendem que o primeiro foi o ovo, estão todos errados, pois este ovo teria sido de uma outra ave anterior à galinha, portanto não sendo um ovo de galinha; os que defendem que a primeira foi a galinha, também estão errados, pois esta teria vindo de uma ave que não era galinha, e quem quiser complicar, que vá fazer a própria pesquisa...

No entanto, cabe aqui um bom conselho: se alguma discussão desse tipo acontecer – elas costumam sempre aparecer em mesas de bares – que tal galinha inicie a partir da segunda polêmica, digamos..., lá pela quinta rodada...

Sobre a questão do vôo, poderíamos começar pelo tubo de Venturi, depois passar para o cálculo da carga alar, estabelecer uma velocidade de estol a partir da aerodinâmica do aerofólio, e chegarmos a várias conclusões. Para mim, a galinha não voa porque não pode ciscar no ar, mas quem sabe se não aprendem, quando a primeira minhoca sair voando..?

Quanto às abelhas..., tentar explicar como elas voam...; é melhor deixar para lá...

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