Janelas separam ambientes; janelas possibilitam, abrem perspectivas...
Nem sempre as janelas são transparentes, pois depende de nós a sua clareza...
Por trás da janela..., estamos todos, em algum momento..., porque foram criadas para entrada de luz...
Por favor, minha janela é de vocês...
Por trás da janela...
(Paulo Boblitz - mai/2009)
Janelas encerram significados...; janelas separam, fecham e abrem...
Lá fora um outro tempo, longe de nós aqui no amparo; a luz nos traz as notícias, ou nos mostra o passado...
Agora mesmo está chovendo, cristais caindo uniformes em gotas de vida, de um céu cinzento e carregado, vapores que um dia subiram, pelas janelas entre o céu e a terra...
Esteja eu sentado em minha carlinga, ou em minha poltrona favorita, ou até diante do meu monitor, lá fora tem sempre uma história, diferente das daqui de dentro...
Olho o tempo e a natureza está recolhida, dia chuvoso tudo molhado, frio de leve, enfim todo mundo protegido... É outono, época do acasalamento...
Olho a foto e o sol é brilhante, marcas de antigos pousos riscados, no chão duro e protetor, detentor dos tantos grilhões, ali sempre como realidade...
Lembro do amigo que sonha, do monoplano que busca, ultraleve qual planador a sair por aí velejando, buscando ares que sobem, chegando às nuvens que o envolvem, misturando os próprios ares, como se cortinas estivessem sendo fechadas, de uma janela sempre brilhante...
No meu super pesado, os motores roncam enquanto a janela vai abrindo...; iniciamos a carreira e uma outra janela nos separa, dos ventos raivosos e do barulho incessante...
É o casulo que abriga, do lado de dentro a calmaria, do lado de fora o que agride...
Decolamos..., e pela janela avistamos nossos irmãos, uns maiores, outros menores, e alguns iguais, formando aquela família metálica, de vários fins e cores, reluzentes e potentes desbravadores dos céus, como Ícaros desgarrados em busca de liberdade, em missões diversas a transportar, corações que não pulsam diferentes...
As janelas nos mostram reflexos, de nós mesmos em acordo com a física, de nós mesmos em acordo com nossas mentes, que pensam e refletem independentes, enquanto nossos olhos miram e não vêem nada...
São as janelas da alma..., que podem se abrir a céus de tranqüilidade, que podem mostrar tempestades efervescentes...
Voar é seguir por uma janela, enveredar por outras, descobrir mais algumas pelo caminho, verificar aquelas intransponíveis, para cima o carvão do espaço, para baixo o calor de quem nos espera, aquele chão que nos retorna, que diz que somos homens de novo...
Janelas existem muitas, todas elas mostrando algo, ou apenas de lado, quando queremos ver apenas o que nos interessa...
Passageiros! Escolham suas poltronas...
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