O Duro, enfim chegou...

Treinar é repetir,

é superar o já alcançado,

é manter o esperado,

é sentir-se pronto...


O Duro, enfim chegou...
(Paulo R. Boblitz - 27/mai/2012)

Sexta-feira de noite, olhando a previsão do tempo em meu blogue, para o domingo, estava lá: "pancadas de chuva à tarde, e uma seta apontando a predominância do Sol"

O Tempo vira como viram as idéias, porque pela manhã da mesma sexta-feira, podia observar relâmpagos e chuvas no mesmo domingo...

Particularmente prefiro pedalar na chuva ou em tempo bastante nublado, porque o Sol me maltrata até na sombra...

O nariz é o mais atingido, não porque ele seja grande, mas porque é nariz...

As orelhas, essas grandes e de abano, também sofrem bastante, porque o capacete não é chapéu...

Tenho correntes nos pulsos, marcas que o Sol deixa, entre as luvas e as mangas da camisa que se retraem.

Um amigo, quando me vê depois de um pedal longo, costuma me chamar de Quati, pois que igual àquele mamífero, também fico com os olhos brancos, por conta dos óculos escuros, enquanto tudo à volta está vermelho que nem camarão...

Das gozações não me incomodo, mas com o Sol, este sim, o respeito e temo. Descobri uma bandana que não passa de um tubo, e neste domingo estive testando. Um outro amigo me presenteou com máscaras de Médico, que também testarei.

Tudo o que tampa o nariz, também reduz a respiração, essa que nos requer a boca aberta de vez em quando, porque de vez em quando nossas entradas de ar, tornam-se pequenas...

Enfim o domingo chegou; o passado havia me trazido de Glória, quando no sábado cheguei à Glória... Agora, o Duro me aguardava...

Seis e vinte da manhã, cruzava com Vovô e seguia em frente. No Ponto do Côco, encontrei o Torres que também pedala com o Pedal Suado Aracaju, e mais um pouquinho chegavam Estela e Jonas. Meu caldo de cana já havia sido aproveitado e fui embora. Torres ainda me alcançou na metade do caminho para a Caueira, adiantando-se em seguida, pois estava com pressa. No caminho, ainda cruzei com cinco ciclistas retornando, mas não os reconheci.

Cheguei no trevo que nos leva até o Duro, e o Torres já quase desaparecia na curva mais adiante, quase chegando na Caueira. Dei uma paradinha, bebi água, enxuguei o suor que era pouco, pois estava com a bandana a cobrir orelhas e nariz, e a respiração até ali havia sido perfeita. Montei e parti, passei pelos povoados Paruí, Água Boa, Nova Descoberta, enfim chegando no Duro, lá na BR-101. Comprei água e comecei tudo de novo; o sol não estava de brincadeira, nem tampouco o vento...

Quase meio dia e meia, sentava para pedir meu Catado de Aratu, uma delícia, refogado na manteiga com molho de tomate. Descansei o quanto pude, mas havia a volta. Prometi ao Galego lá voltar, para comer um dos Robalos que vi na mesa ao lado.

Desta vez, sem esquecer nenhuma caramanhola, parti cheio de preguiça e sono; o relógio marcava 2 da tarde em ponto; três horas mais tarde, eu chegava em casa...

Foram 142,8 quilômetros, 8 horas e 58 minutos sobre a sela, 5.841 calorias para o beleléu, numa velocidade média de 15,9 km/hora, com as subidas acumuladas em 1.062 metros, um bom circuito para quem quiser treinar ladeiras, pois que metade delas é contra o vento.

Quanto à chuva, esta só caiu longe de mim, como a brincar de pega-pega comigo; a chuva ganhou todas...

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