Um ano sem Marcia Prado


O pequeno detalhe nos atrasou,


mas com empenho foi corrigido.

As velas foram acesas...



Um ano sem Marcia Prado
(Paulo R. Boblitz - jan/2010)

Meus prezados amigos, a história não começa aqui; começou no dia 14 de janeiro quando pedalamos em homenagem à Marcia Prado, finalizando lá nas areias soltas da Atalaia, onde ventava muito.

Querer, nem sempre às vezes é poder; a equipe do Luciano Aranha, mesmo bem empenhada, não teve a malícia da realidade, que é contar com a desvantagem do tempo, ou das agruras do momento, no caso o vento forte que não deixou acender as velas certas, justa lembrança para quem se foi.

Perdemos a batalha mas não perdemos a guerra; recuamos estrategicamente mas retornamos, bonitos e testemunhos do bem, pois que Marcia hoje é lembrada numa trilha muito importante - mais adiante vocês poderão trilhá-la...

Assim, com 11 dias de atraso, mas com todas a velas acesas, retornamos em campo, não derrotados...

A seguir, a crônica que foi escrita naquele dia seguinte, mas que aguardava impaciente o acender das velas, a acender também as consciências de cada um que ainda sente, aquele desejo de mudanças, aquele intuito da construção, de um mundo cada vez melhor, mais justo e mais feliz...

De mãos dadas, construímos um círculo de boa vontade, e com sentimento realizamos um minuto de silêncio, onde cada um dedicou a Oração melhor, ao próprio modo e gentil; com certeza alguém ouviu...

Fosse apenas um a orar, já teria valido a pena a lembrança; Marcia Prado, naquela noite, esteve em nossos corações, viveu novamente através de nossas intenções.
Cada um que foi, cada um que orou, cada um que respeitoso dedicou um pensamento para aquela moça, livrou-se um pouco da casca do egoísmo, imbuiu-se da boa vontade e amou, solidarizou-se no empenho pessoal em tornar essa vida cada vez melhor, honrando aquele ensinamento do Cristo Jesus, amar ao próximo como a si mesmo.

Juntamos nossos amores de mãos dadas; naquela noite, nossos Anjos da Guarda devem ter comemorado, tomado umas e outras e cantado, felizes com tudo o que fizemos, principalmente respeito...

Marcia Prado por instantes viveu, por nossa lembrança, por nosso amor sem nada em troca. Aos que não puderam ir, sintam-se representados...

Marcia Prado é lembrada e vive, sempre que alguém navega em sua rota. Por favor, acessem os linques:

- http://www.ciclobr.com.br/rota_marcia_prado_rota.asp - o início

- http://www.ciclobr.com.br/rota_marcia_prado.asp - a seqüência hoje em dia, uma descida pela serra, a caminho de Santos, onde uma Babel de cores fala a mesma língua...

Apenas um detalhe: a foto que traz a placa sinalizando a rota (primeira foto do segundo linque), mostra o símbolo de Marcia Prado em negativo (comparar a própria Marcia Prado festejando, no primeiro linque), como a informar que hoje ela está do outro lado...

Mas uma coisa me deixa feliz... Vocês não notam!? Pois que a Natureza sempre sorri para quem nela penetra, deixando em todos vocês, o gostinho matreiro das descobertas, o gentil sabor das vistas boas, o cheirinho de mato com orvalho que nunca esquecemos, o verde puro e sadio que acabamos convivendo...

Voltando ao nosso passeio daquela noite, bonito fez a equipe que de nada sabia; deixou de realizar o treino para nos acompanhar, mais amor do que o nosso, pois que foi de momento...

Marcia Prado ainda poderia estar lutando...

Felizes todos aqueles que se engajam...

* * *

Um comentário:

  1. lindo post.. belas palavras! so tenho a agradecer o companherismo e a parceria na luta contra impudinade gerada pela violencia no transito!!! amei ter dividido esse momento e minhas palavras com que esteve la

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