Pedaleiro ou Ciclista?

Segurança é coisa que sempre mantemos em alta.

É ela quem nos garante o bom conforto, o gostoso lazer.

Acidentes sempre acontecerão, mas podemos minimizá-los.

Segurança para todos vocês.



Pedaleiro ou Ciclista?
(Paulo R. Boblitz - out/2009)


Faz tempo que eu mantenho uma distinção entre Motoqueiro e Motociclista, desde que montei pela primeira vez numa motocicleta.

Motoqueiro é aquele que anda na contramão, corta pela direita, sobe nas calçadas, não respeita os sinais, agride a todos, o tempo inteiro; alguns ainda utilizam o capacete no cotovelo...

Motociclista é o cidadão que sabe se comportar, não só em cima da motocicleta, mas em cima de qualquer veículo.

Da mesma forma, observamos o mesmo problema com as bicicletas.

Bicicleta, se numa boa descida, pode ultrapassar os 210 quilômetros, claro que tal velocidade não é para qualquer um, mas foi para o recordista austríaco Markus Stöckl, aos 33 anos, 100 kg, que atingiu a marca dos 210,4 km/h, descendo uma montanha em La Parva, nos Andes Chilenos, em rampa de 45 graus por 2 km, partindo dos 3.000 metros de altitude, segurando a respiração pelos 40 segundos em que durou a descida, pois que a viseira estava embaçando, em condições não favoráveis, pois a neve havia derretido, deixando à mostra, pontas de rochas nuas. Imaginem se as condições estivessem mais favoráveis... (fonte: http://www.wikidoido.com/Recorde_mundial_de_velocidade_com_bicicleta) - tem o vídeo.

Pedalando forte, atingimos os 40 km/hora, e uma queda nesta velocidade, sem capacete, é muito grave.

Utilizamos luvas para a proteção no caso de uma queda, e não para tornar a pega mais confortável.

Nossas roupas são coladas e apertadas, em tecidos especiais para evaporação fácil do suor, bem como para não tremularmos como bandeiras, produzindo arrasto, que um dos nossos principais vilões, o vento, nos faz carregar.

Óculos protegem nossos olhos de insetos, pequeninas pedras, poeira e o próprio vento.

Hodômetros com freqüencímetros, nos dão informações diversas e importantes, como alarme quando chegamos próximos de nossa pulsação máxima, velocidades, distâncias percorridas, bem como médias para nossos controles.

Faróis a LED, numa luz azulada, consomem pouco e iluminam bem, além de piscarem em sinalização para quem vem em sentido contrário.

Lanternas traseiras vermelhas, piscando, nos anunciam de longe para os veículos que nos cruzarão.

Mas para ficarmos visíveis, necessitamos trocar as pilhas ou baterias dos faróis e lanternas, para que eles tenham as cores vivas e vibrantes.

Uma bomba de encher pneus, uma câmara de ar reserva, um estojo portátil de chaves, e um kit de remendo rápido, nos garante o prosseguimento do passeio.

Bom seria que tivéssemos um apito, para acordarmos aqueles com o telefone celular no ouvido, e coletes reflexivos em "X"; nossa principal desvantagem, é a invisibilidade, pois que automóveis prestam atenção apenas em quem pode machucá-los, como outros veículos semelhantes, ou outros maiores como ônibus e caminhões.

Se tudo isso acima é importante, importantíssimo é a manutenção da bici, pois que ela, com suas peças móveis, pode produzir quebras e travamentos, além de tornar a condução mais pesada, por falta de lubrificação. Um choque a 15 km/hora, apenas porque não se tem freios, pode quebrar alguns ossos.

Se estamos num veículo que se movimenta, que se desloca a velocidades razoáveis, a soltura de um pedal provoca uma queda feia, como a que eu vi hoje acontecer; felizmente estávamos numa ciclovia, entre muretas de concreto num viaduto. Não se cai de lado, quando ao lado passam veículos em disparada.

E quanto custa uma Revisão Geral? Garanto que muito menos do que os remendos e remédios num Hospital.

Se você ainda não é, por favor, para seu próprio bem, e para o nosso sossego, torne-se um Ciclista, especialista do ciclo, cidadão respeitador...

* * *

Um comentário:

  1. Legal essa iniciativa, pois infelizmente temos que conscientizar alguns colegas, que segurança é primordial.
    Eduardo

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