medo é palavra que não existe...
Medo é você quem inventa,
quando a coragem está com preguiça...
Metamorfose...
(Paulo R. Boblitz - mai/2014)
Tudo era luz, e de repente a escuridão...
Tudo eram ares, e de repente a opressão...
Tudo era afável, e de repente o frio inundou...
Fiquei assim por longos dois dias, e no terceiro vi a luz...
Dourado sempre fui, do Sol amigo, irmão; agora muito pálido, encarava a transformação...
Força era algo que não conhecia; agora a tudo abria caminho...
Braços que antes não tinha, agora braceavam no ar...
Por instantes fico ofuscado, tudo é novo à minha volta, até o mundo...
Inflo o peito e tomo ar; agora sou outro ser...
Olho para cima, azul cintilante. Olho em volta, verdejante...
A brisa passa num cumprimento; uma gotinha de orvalho rola...
Meus abraços alongam, desenrolam amores...
Faço força e me estiro, enfim liberto, enfim novamente nascido...
Cresço comendo e bebendo forte, sadio para muitas alegrias...
Até que um dia, dedos me correm pelo corpo; sentem meus pelos veludo...
Nesse dia sou batizado, Milho Bonito chamado, a todos apresentado; só orgulho, nenhum gorgulho...
Vi a festa do sertão, bebi do maná que caiu em água, alegrei a mesa da família, do matuto engordei a bicharada...
Imitei o som de preciosas pedrinhas; sequei guardado que nem ouro...
Hoje, pelo ciclo, espero semente...
* * *
Tudo eram ares, e de repente a opressão...
Tudo era afável, e de repente o frio inundou...
Fiquei assim por longos dois dias, e no terceiro vi a luz...
Dourado sempre fui, do Sol amigo, irmão; agora muito pálido, encarava a transformação...
Força era algo que não conhecia; agora a tudo abria caminho...
Braços que antes não tinha, agora braceavam no ar...
Por instantes fico ofuscado, tudo é novo à minha volta, até o mundo...
Inflo o peito e tomo ar; agora sou outro ser...
Olho para cima, azul cintilante. Olho em volta, verdejante...
A brisa passa num cumprimento; uma gotinha de orvalho rola...
Meus abraços alongam, desenrolam amores...
Faço força e me estiro, enfim liberto, enfim novamente nascido...
Cresço comendo e bebendo forte, sadio para muitas alegrias...
Até que um dia, dedos me correm pelo corpo; sentem meus pelos veludo...
Nesse dia sou batizado, Milho Bonito chamado, a todos apresentado; só orgulho, nenhum gorgulho...
Vi a festa do sertão, bebi do maná que caiu em água, alegrei a mesa da família, do matuto engordei a bicharada...
Imitei o som de preciosas pedrinhas; sequei guardado que nem ouro...
Hoje, pelo ciclo, espero semente...
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