Andava eu com minha sombra,
enrolada a não saber,
se atrás, de lado ou à frente...
Interrompia o meu diálogo, o tempo inteiro...
Sombra maluca descompassada,
a cada poste, tinha três jeitos...
Contar histórias...
(Paulo R. Boblitz - jun/2012)
Contar histórias é participar também do sonho, é fazer navegar a outra mente que nos ouve ou lê, que também sonha, imagina e participa...
Peguei muitas vezes no sono, contando histórias para meus filhos, quando eles gostavam de ouvi-las...
Escrever também é contar, dizer como foi ou como será...
Histórias, reais ou fictícias, nos movimentam e fazem pensar, também querer...
E tem história para todo gosto, de bangue-bangue, de muitas mentiras, do futuro pelas estrelas, pelo fundo do mar...
Tem gente que se emociona, que muito ri, que acredita, que faz questão de chorar...
Dolorida é a própria história quando é sofrida; venturosa quando todas as lutas terminam em sorrisos...
Escrever é gostoso, nos faz airar, sair do próprio corpo para entrar no papel, convidando qualquer um a também se achegar...
Compomos junto com nossos antepassados, que nos legaram, nos ensinaram, que também suas histórias amigas se fizeram sentir, o mundo inteiro se somando cheio de palavras, experiências, construções e invenções, línguas que falam com penas e tintas...
As palavras são como estrelas, infindáveis no infinito de tantas páginas guardadas, que já se perderam no passado, que crescerão pelo futuro, quando não mais estivermos por aqui...
Contar histórias é ligar a mente ao coração, um fiozinho só, nem grosso nem fino, suficiente para as mãos dedilharem a escrever...
Como energizar esse fio!? Existem vários interruptores: ouvidos, olhos, nariz, a boca, o tato, o próprio coração...
É só parar, e prestar-lhes atenção...
* * *
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário