Agradecendo aos Amigos

1 Ten. Gabriela Hollenbach,

Cristiane Hammes,

Hila Rocha,

Henrique Wendhausen,

Caminhos do Sertão,

Valnério Assing,

Carlos Beppler,

Antonio Olinto,

Antonio Celso.

Agradecendo aos Amigos
(Paulo R. Boblitz - jul/2012)

Amigos, não existe coisa mais gostosa do que sonhar, digo daqueles sonhos que controlamos, porque sonhar, enquanto dormimos, é tão natural quanto respirarmos...

São os sonhos acordados que nos impingem metas, e por elas trabalhamos, e construímos, lapidamos aquilo que chamamos de planejamento...

E planejar não é algo tão natural, pois existem muitas variantes, e acidentes, pelo meio do caminho...

Terminada a Estrada Real, mente e pernas queriam mais...

Serra do Rio do Rastro, foi a primeira visão do sonho que obrigou a mente a procurar... Achei a encantadora serpente que sobe e volteia em ziguezagues, por longos 30 quilômetros, mil e cem metros para cima, isso eu dormindo em Guatá, caso contrário, seriam mil e quatrocentos metros, e mais alguns quilômetros...

A bicicleta sobe, porque o ciclista soca nos pedais, e eles gemem, a corrente estala, o guidão flete, as rodas vencem, palmo a palmo, cada metro de quilômetro...

Concentração e paciência, um pé primeiro, o outro pé depois, sem esse negócio de clipagem...

A coroa vai forçando a catraca, cada metro sendo vencido, mais um pouco num ponto seguro parando, enxugando o suor, bebendo alguns goles d'água, descansando o corpo pelos 5 minutos necessários, recompondo a boa circulação nas pernas, o fôlego, a força que vem admirando as paisagens de Deus...

Estou treinando, é fato... Estou solitário, porque estarei solitário, eu e meus pensamentos, que são tantos, que fervilham em buliçosa criação...

Ao Antonio Olinto e Rafela Asprino, meu obrigado pela mensagem que me indica a direção correta, nela em que estou, só eu e meus botões, onde a vulnerabilidade aumenta, é certo, mas proporcionalmente as conquistas também se fazem maiores...

Fiz dois passeios acompanhado; duas experiências ruins...

A primeira vez, porque não temos nenhuma experiência; a segunda, porque somos otimistas...

Estou treinando, solitário, como solitário farei o meu percurso pelas terras altas de Santa Catarina...

Não vejo a hora de apertar as mãos da Primeiro Tenente Gabriela Hollenbach, quem sabe pedalar ao lado dela em terreno militar, que tanta força se esforçou, pois que a bicicleta também lhe modificou a vida... Graças a ela, poderei visitar o sul da ilha, ao longe vislumbrando o continente alto a ser vencido, meus primeiro e segundo dias em Santa Catarina, a bela...

Havia planejado trinta dias, mas trinta dias é muita coisa, algo parecido com promessa, com sofrimento, coisa que não combina com bicicleta... Mudei meus planos: serão apenas 16 dias, de muita força, porque as ladeiras serão tantas, que se eu morrer numa delas, roubando ou utilizando aquilo que o Bepller já escreveu, continuarei pedalando até o Céu, pois que São Pedro haverá de gostar de Cicloturistas...

Também não vejo a hora de apertar as mãos da Cristiane Hammes, quem me atendeu ao telefone, procurou e conseguiu um Pescador que me transportasse para o continente, idéia depois abandonada, por modificações de trajetos. Não pegarei o barco, mas almoçarei em seu restaurante, Porto do Contrato, ostras e camarões...

Em meu segundo dia, quem sabe eu possa apertar as mãos da Hila Rocha, ela que me ensinou roteiros maravilhosos, modificando, em muito, minha idéia inicial. Se o dia for da sorte grande, pedalaremos juntos por algum bom trecho de Florianópolis, território que ela bem conhece e domina. A ela eu devo o fato de já sair pedalando do Aeroporto, e devo também São Bonifácio, São Martinho, Laguna, Angelina e São Pedro de Alcântara...

Oxalá eu também possa apertar as mãos ou pedalar com o Henrique Wendhausen, revendo o amigo que um dia foi em minha busca, preocupado com a minha demora, quando do Velotour Costa Verde & Mar. Eu estava apenas andando devagar, cansado de tanta molhação, da água e da lama que nos caía e subia, e que sujava a minha amiga azul, e me enrugava a pele com tanta umidade; eu já pedalava molhado há uns três dias... Ele fez uma crítica, bela crítica ao meu passeio, que já reconheci no Google Earth. Prometo degustar o recomendado filé de linguado com a porção de camarão à milanesa.

Talvez seja possível pedalar e apertar as mãos do pessoal do Caminhos do Sertão, que me deu boas e valiosas dicas sobre Urubici, Anitápolis e Santa Rosa de Lima. Seria uma feliz coincidência...

Com certeza, apertarei as mãos do Seu Valnério Assing, da Pousada Doce Encanto, que me atendeu tarde da noite, muito calmo e educado, pois eu havia esquecido do tal horário de verão, ensinando-me como enfronhar-me pela estradinha estreita e montanhosa, para chegar em sua pousada, e eu com o Google Earth aberto, seguindo-lhe as pistas... Quando o Caminhos do Sertão mandou sua sugestão, o caminho por mim traçado batia certinho com o deles...

Por certo, dessa vez não terei como dar um abraço no Carlos Beppler e sua esposa Malu, bem como um beijo em suas duas lindas filhas, porque a distância será muita. Eles moram em Camboriú. Beppler foi quem me municiou com os tantos belos recantos, experiente Cicloturista e Presidente da Associação de Ciclismo de Camboriú e Balneário Camboriú. Foi ele também quem me apresentou à Hila Rocha e ao Caminhos do Sertão, bem como teve a preocupação se eu necessitaria ou não, de permissão para atravessar o Parque Nacional de São Joaquim. Nos conhecemos quando de meu Velotour Costa Verde & Mar, onde ele, junto com o Henrique, prestou apoio ao grupo inteiro.

Quanto ao Antônio Celso, que já mandou o telefone dele, caso alguma avaria aconteça em minha bicicleta, o desejo de só conhecê-lo no meu segundo dia, pedalando, sinal de que tudo foi bem e de que não necessitei de nenhuma peça de reposição.

Voltarei, e novamente voltarei, e mais uma vez voltarei, tantas vezes necessárias, porque a beleza da Terra se concentra lá, nos cumes e cânions das terras altas de Santa Catarina, exuberante nos verdes, nas águas e tradições...

Serão 16 dias de uma gostosa mistura de frios, nevoeiros, calores e, como sempre, água caindo de céu abaixo. Descobrirei os encantos dos vinhos locais, dos queijos e cervejas artesanais, um pé de lareira com labaredas vibrantes...

O Cicloturismo, que vou aprendendo e praticando, tem dessas maravilhas: gente, pássaros, flores, rios e encantos...

Com nossas bicicletas, não maculamos nenhum pedaço, não invadimos nenhum território, pelo contrário, passamos a fazer parte da paisagem...

Aos meus amigos, novos e antigos, o meu bem querer, o meu agradecimento em bem receber, todas as boas vontades de vocês a torcerem por mim, a desejarem-me o mais bonito, apenas pela idéia do bom pedalar, uma coisa que só depende de nós, de nossa força e garra, valentia, desprendimento e amor, de nossa busca principalmente, dos sons das águas, do vento que corta ou assopra, das sombras que dançando com o Sol, nos refrescam, dos pássaros que nos brindam em vôos e gorjeios, das flores que nos lançam seus perfumes e suas cores, de Deus, que Conversa conosco...

A todos vocês, muito obrigado, e um grande abraço com afeto...

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Um comentário:

  1. Paulo, agradeço os comentários. desejo muitos momentos de felicidade em tuas viagens.
    espero que nos encontremos.
    abraços.
    Hila

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